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25/12/10


Eu ainda nos consigo imaginar juntos sabes? Nem é bem imaginar, porque não fomos inventados, existimos mesmo. É mais visualizar. Consigo ver-te a ti e a mim na rua, como naquele dia em que chegas-te perto de mim do nada. Conseguias sempre surpreender-me. Agarrar-me de repente, abraçar-me com tanta força que parecia que me ia desfazer nos teus braços, beijar-me só porque sim, fosse onde fosse, e dizeres que me amas todos os dias. Vou sentir falta disso. Muita falta. Vou sentir falta de ir ter contigo, a ansiedade a crescer até ao momento em que te via aparecer no meio da multidão. Vou sentir falta de te sentir depois de tantos dias separados. Vou sentir a tua falta. Mas vou sentir mais falta do amor. É verdade que gostei de muitas pessoas, mas percebi que nunca amei nenhuma realmente até te ter a ti. Entras-te devagarinho, com passinhos de lã e deste-me a mão. E eu comecei a acumular sentimentos por ti. Ficaram ali, quietinhos a germinar, até eu me aperceber que eras tu que os despertavas. O amo-te que te disse, foi o mais sentido da minha vida, e soube bem muito bem dize-lo, quase tanto como ouvi-lo de volta. Mas tu fizes-te a tua escolha, e eu não posso muda-la. Por mais que lute, vou ser só eu a lutar. E sem ti, isto não faz sentido. Tínhamos de ser os dois. Como sempre fomos, só os dois. É triste que já não sejamos. Quero que saibas, que o meu amo-te ainda é sincero, mesmo que o teu já não o seja nos ecos das minhas memórias.

2 comentários:

Carina Batoca disse...

Um dia vencerás essa luta. Por mais que custe, por mais que sofras. Não há mal que dure para sempre.

Júlia Lopes disse...

Lindo =)

O amor ás vezes troca-nos as voltas...